quarta-feira, 23 de maio de 2018

Cinquenta Tons de Cinza - capítulo 14 (primeira temporada)



QUINTA-FEIRA, 26 DE MAIO DE 2011


O SONHO DE CHRISTIAN



(VG)
"Mamãe foi embora. Às vezes, ela sai. E fico sozinho. Eu, os meus carros e meu cobertorzinho. Quando chega em casa ela dorme no sofá. O sofá é marrom e pegajoso. Ela está cansada. Às vezes eu a cubro com o meu cobertorzinho. Às vezes chega com algo para comer. Gosto desses dias. Temos pão e manteiga. E às vezes temos macrami e queijo. Esse é o meu favorito. Hoje a mamãe saiu. Eu brinco com meus carros. Eles correm rápido no chão. Minha mãe se foi. Ela vai voltar. Ela vai. Quando é que mamãe vai chegar em casa? Está escuro agora, e minha mãe se foi. Eu posso alcançar a luz quando ficando de pé no banco. Liga. Desliga. Liga. Desliga. Liga. Desliga. Claro. Escuro. Claro. Escuro. Claro. Estou com fome. Como o queijo. Há queijo na geladeira. Queijo com pele azul. Quando é que mamãe vai chegar em casa? Às vezes, ela chega em casa com ele. Eu o odeio. Eu me escondo quando ele vem. Meu lugar favorito é no armário de minha mamãe. Cheira a mamãe. Cheira a mamãe quando ela está feliz. Quando é que mamãe vai chegar em casa? Minha cama é fria. E eu estou com fome. Eu tenho o meu cobertorzinho e os meus carros, mas não a minha mamãe. Quando é que mamãe vai chegar em casa?"
__________




***


(VEF)

(Christian vai para o treino com Taylor logo após banhar-se. Taylor segura o saco de pancadas, enquanto Christian soca e chuta com força.)
TAYLOR: — O senhor vai ver a Srta. Steele hoje, senhor? (Taylor pergunta.)
CHRISTIAN: — Sim — (ele responde.) Não seguro, mas vou tentar.
TAYLOR: — Boa sorte, senhor — (diz ele.)
(Christian para por um segundo e tenta não sorrir, e soca o saco mais um tempo.)
__________





***


O SONHO DE ANA





(Christian está de pé acima de Ana, segurando um chicote de couro trançado. Ele usa apenas um jeans, desbotado e rasgado. Ele golpeia o chicote lentamente em sua palma sem deixar de olhar para ela, sorrindo, triunfante. Ana não consegue se mover, estando nua e algemada, de braços abertos, em uma grande cama de dossel. Avançando, ele arrasta a ponta do chicote da testa dela para baixo e pelo comprimento do nariz, fazendo com que ela cheire o couro, depois sobre os lábios entreabertos. Ana ofega. Ele empurra a ponta do chicote na boca dela.)
CHRISTIAN: — Chupe isso — (ele ordena, mas com a voz suave.)
(A boca dela fecha acima da ponta à medida que obedece o comando.)
CHRISTIAN: — Já chega — (ele ordena.)

(Ela arqueja mais uma vez, enquanto ele arrasta o chicote da boca, trilhando o caminho para baixo, pelo queixo, no pescoço e para a garganta. Ele gira o chicote lentamente, em seguida continua a arrastar a ponta do chicote para baixo no corpo feminino, ao longo do esterno, entre os seios, acima do torso, até o umbigo. Ana arqueja, torcendo-se na cama, e apertando as algemas que prendem seus pulsos e tornozelos. Christian roda a ponta ao redor do umbigo dela, então continua a arrastar a ponta de couro para baixo, para o pelo pubiano e para o clitóris. Ele sacode o chicote e bate com força no clitóris e Ana goza, gritando de prazer.)

*

(Abruptamente, Ana desperta, com a respiração ofegante, coberta de suor. Ela se senta ereta, chocada, e olha para o relógio de alarme, mostrando ser oito horas da manhã. Ela põe as mãos na cabeça, ainda desorientada e ofegante. Kate está se movimentando dentro da cozinha, quando Ana entra cambaleante.)
KATE: — Ana, você está bem? Você parece estranha. A jaqueta que você está vestindo é de Christian?
ANA: — Eu estou bem. — (ela diz, evitando encarar Kate.) — Sim, a jaqueta é Christian.
(Kate franze a testa.)

KATE: — Você dormiu?

ANA: — Não muito bem.
(Kate assente desconfiada.)
KATE: — Como foi o jantar?

ANA: — Nós comemos ostras. Seguidas por bacalhau, então eu diria que foi piscoso [botar o significado em link].
KATE: — Ugh… — (Kate faz uma careta.) — Eu odeio ostras, eu não quero saber sobre a comida. Como estava Christian? Sobre o que você conversou?
ANA: — Ele foi atencioso — (Ana diz vagamente.) — Ele não aprova a Wanda.

KATE: — Quem, Ana? Isto é notícia velha. Por que você está sendo tão modesta? Desista, amiga.
ANA: — Oh, Kate, nós conversamos sobre muitas coisas. Você sabe, o quão exigente ele é sobre comida. Incidentemente, ele gostou de seu vestido. — (A água da chaleira ferve, então Ana se adianta para fazer chá.) — Você quer chá? Quer que eu ouça o seu discurso para hoje?
KATE: — Sim, por favor. Eu trabalhei nele ontem à noite, com Lilah. Eu vou buscá-la. E sim, eu adoraria um chá. — (Kate corre para fora da cozinha, enquanto Ana abre o pequeno pacote que pegou no armário.)

(Kate volta para a cozinha com seu laptop. Ana se concentra no pão que está passando manteiga, e escuta, pacientemente, Kate ensaiar seu discurso.)

*

A FORMATURA


(Ana está vestida e pronta, e abre a porta da frente, revelando Ray, seu padrasto, em pé na varanda, de terno. Ana sorri ao vê-lo e o abraça, surpreendendo-o.)





RAY: — Ei, Annie, eu estou contente em ver você também — (ele murmura enquanto a abraça. Se afastando dela, com suas mãos nos ombros femininos, ele a olha de cima a baixo, com as sobrancelhas franzidas.) — Você está bem, garota?
ANA: — Claro, Papai, uma menina não pode estar contente em ver seu velho?

(Ele sorri.)
RAY: — Você parece bem — (ele diz.)

ANA: — Este vestido é da Kate. — (Ela olha para o vestido de chiffon cinza com decote.)

(Ele franze a testa.)

RAY: — Onde está Kate?

ANA: — Ela foi para o campus. Ela estará fazendo um discurso, então ela tem que estar lá bem cedo.
RAY: — Nós devíamos ir?

ANA: — Papai, nós temos meia hora. — (Ana abre mais a porta para que ele entre.) — Você gostaria de algum chá? E você pode dizer-me como está todo mundo em Montesano. Como está o transito?


***


(VG)

(A secretária do chanceler leva Christian a uma pequena sala adjacente ao auditório da WSU. A mulher ruboriza ao olhar para ele. No camarim, acadêmicos, pessoal administrativo e alguns estudantes estão tomando um café pré-graduação. Entre eles, está Katherine.)

KATE: — Oi, Christian — (diz ela, andando confiante na direção dele. Ela está em seu vestido de formatura, a expressão alegre e satisfeita.)
CHRISTIAN: — Oi, Katherine. Como você está?
KATE: — Você parece perplexo ao me ver aqui — (diz ela, ignorando a saudação dele, e soando um pouco ofendida.) — Sou a oradora oficial. Elliot não lhe disse?
CHRISTIAN: — Não, não disse. — (ele diz.) — Parabéns — (acrescenta como cortesia.)
KATE: — Obrigada. — (Seu tom é cortado.)
CHRISTIAN: — Ana está aqui?
KATE: — Logo. Ela está vindo com o pai.
CHRISTIAN: — Você a viu esta manhã?
KATE: — Sim. Por quê?
CHRISTIAN: — Queria saber se ela chegou em casa naquela armadilha que chama de carro.
KATE: — Wanda. Ela chama aquilo de Wanda. E sim, ela chegou. — (Kate o encara com uma expressão interrogativa.)

CHRISTIAN: — Fico feliz em ouvir isso.
(O chanceler se junta a eles e, com um sorriso educado para Kate, acompanha Christian para encontrar os outros acadêmicos. Um dos membros do corpo docente anuncia que é hora de começar e os conduz para o corredor. Christian telefona para Ana mais uma vez, mas cai direto no correio de voz. Ele suspira em frustração.)

KATE: — Estou ansiosa pelo seu discurso de formatura — (diz Kate enquanto eles caminham pelo corredor.)
__________

*

(Ray estaciona o carro no estacionamento do campus e eles seguem o fluxo de pessoas com as becas e os capelos pretos e vermelhos de formatura, indo em direção ao auditório de esportes.)
RAY: — Boa sorte, Annie. Você parece muito nervosa, você tem que fazer alguma coisa? — (ele pergunta, notando o aparente nervoso da enteada.)
ANA: — Não, Papai. É um grande dia. — (Ela sorri.)

RAY: — Sim, a minha garotinha conseguiu um grau. Eu me orgulho de você, Annie.
ANA: — Ah… Obrigada, Ray. — (ela diz emocionada e o abraça.)

(O auditório de esportes está lotado, exceto pelo palco vazio. Ray vai sentar-se com os outros pais e simpatizantes no assento inclinado, enquanto ela anda até a cadeira que está com seu nome marcado. Ana veste a beca preta de formatura e o capelo. Ela se senta, batendo as pernas ritmicamente no chão, não conseguindo esconder seu nervosismo ao olhar de um lado para o outro. Ela olha para trás e localiza Ray sentado no alto das arquibancadas, e acena para ele, que acena de volta.)

*

(Após o auditório lotar, e o palco ter uma quantidade generosa de pessoas, as onze da manhã, o Reitor aparece por detrás do palco, seguidos pelos três Vice Reitores, e então, pelos professores seniores, todos vestidos com seus trajes pretos e vermelhos. Todos os formandos se levantam e aplaudem o pessoal de ensino. Os últimos a entrarem no palco são Kate e Christian. Christian está usando um terno cinza, e se senta numa das cadeiras, sério. Ele desabotoa um botão do paletó, revelando a gravata prateada. Ana o encara com surpresa, e esfrega os pulsos em reflexo, não tirando os olhos dele.)

MENINA 1: — Olhe para ele! — (Uma das meninas à frente de Ana respira entusiasticamente para sua amiga.)
MENINA 2: — Ele é gostoso — (diz a outra.)        

(Ana respira fundo e faz uma carranca.)
MENINA 1: — Deve ser Christian Grey.


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MENINA 2: — Ele é solteiro?
(Ana chega a frente e olha para as duas.)
ANA: — Eu acho que não — (ela murmura.)

MENINA 2: — Oh. — (Ambas as meninas olham para ela em surpresa.)

ANA: — Eu acho que ele é gay — (ela diz num falso pesar.)

MENINA 1: — Que vergonha — (uma das meninas geme.)

(Quando o Reitor se levanta e dá inicio aos atos com sua fala, Christian sutilmente percorre o olhar pelo auditório, procurando Ana. Ela afunda na cadeira, curvando os ombros, tentando se desviar do olhar dele. Em poucos segundos, Christian consegue achá-la, e ambos se olham fixamente. Ana se mexe desconfortavelmente, hipnotizada pelo olhar dele, ruborizando. Christian sorri levemente para ela, mas depois assume uma expressão mais séria, desviando o olhar para Reitor, que continua seu discurso. A sala estoura em aplausos quando Kate sobe no palco. O Reitor se senta e Kate lança o seu adorável cabelo longo para trás dela, enquanto ela coloca seus documentos na tribuna. Ela toma seu tempo, não se intimidando por mil pessoas boquiabertas estarem olhando para ela. Ela sorri quando está pronta, olhando para a multidão cativada e eloquentemente começando o seu discurso. Christian assiste Kate, suas sobrancelhas ligeiramente levantadas, em surpresa.)


"Poderia ter sido Kate quem tivesse ido o entrevistar. E poderia ter sido Kate a quem ele estaria agora fazendo propostas indecentes. A bela Kate e o belo Christian, juntos. Eu podia ser como as duas meninas ao meu lado, admirando ele de longe. Eu sei que Kate não teria o feito esperar."


(Kate conclui sua fala com um floreado e espontaneamente todos levantam, aplaudindo e torcendo. Ana olha para a amiga com alegria e Kate lhe sorri de volta. Ela se senta, assim como o público e o Reitor sobe e introduz Christian. O Reitor fala brevemente sobre as realizações de Christian, e ele se levanta.)

— E também um benfeitor importante da nossa Universidade, por favor, boas-vindas para o Sr. Christian Grey.
(O Reitor aperta a mão de Christian em cumprimento, e todos aplaudem educados. Ana o encara sem fôlego. Ele sobe na tribuna e inspeciona o corredor, confiante.)





— Estou profundamente grato e tocado pela grande elogio para mim concedido pelas autoridades da WSU hoje. Isso me oferece uma rara oportunidade para falar sobre o impressionante trabalho do Departamento de Ciências Ambientais aqui na universidade. Nosso objetivo é desenvolver métodos viáveis e ecologicamente sustentáveis de agricultura para os países do terceiro mundo; nosso objetivo final é ajudar a erradicar a fome e a pobreza em todo o mundo. Mais de um bilhão de pessoas, principalmente na África Sub-Saariana, Sul da Ásia e América Latina, vivem na pobreza abjeta. A disfunção agrícola é abundante nestas partes do mundo, e o resultado é a destruição ecológica e social. Sei o que estar profundamente com fome. Esta é uma viagem muito pessoal para mim.
(Ana fica boquiaberta com a revelação de Christian, sentindo compaixão por ele.)





— Como parceiros, WSU e GEH fizeram um tremendo progresso em fertilidade do solo arável e tecnologia. Somos pioneiros em sistemas de baixo consumo nos países em desenvolvimento, e os nossos locais de teste têm aumentado a produtividade das culturas até trinta por cento por hectare. A WSU tem sido fundamental para essa conquista fantástica. E GEH se orgulha desses estudantes que se unem a nós através de estágios para trabalhar em nossos locais de teste em África. O trabalho que eles fazem lá beneficia as comunidades locais e os próprios alunos. Juntos podemos lutar contra a fome e a pobreza abjeta que grassa nestas regiões. Mas nesta era de evolução tecnológica, enquanto o primeiro mundo vai adiante, alargando o fosso entre os que têm e os que não têm, é vital lembrar que não devemos desperdiçar os recursos finitos do mundo. Esses recursos são para toda a humanidade, e precisamos aproveitá-los, encontrar formas de renová-los, e desenvolver novas soluções para alimentar nosso planeta superpovoado. Como eu disse, o trabalho que GEH e WSU estão fazendo juntos irá fornecer soluções, e é nossa meta para passar a mensagem para fora. É através da divisão de telecomunicações da GEH que temos a intenção de fornecer informação e educação para o mundo em desenvolvimento. Tenho orgulho de dizer que nós estamos fazendo um progresso impressionante na tecnologia solar, na duração da bateria e na distribuição sem fio que vai levar a Internet às partes mais remotas do mundo - e nosso objetivo é torná-la livre para usuários no ponto de entrega. O acesso à educação e à informação, que nós tomamos como concedido aqui, é o componente crucial para acabar com a pobreza nestas regiões em desenvolvimento. Temos sorte. Somos todos privilegiados aqui. Alguns mais do que outros, e eu me incluo nessa categoria. Temos a obrigação moral de oferecer os menos afortunados uma vida decente, saudável, segura e bem nutrida, com acesso a maioria dos recursos que todos nós gostamos aqui. Vou deixa-los com uma citação que sempre me marcou. E estou parafraseando um provérbio do nativo americano: ‘Somente quando a última folha cair, a última árvore morrer e o último peixe for pescado nós entenderemos que não podemos comer o dinheiro’.
(Ele sorri brevemente no aplauso, e todos estão aplaudindo com fervor, até mesmo Kate, admirada. Christian toma seu lugar e olha para a bandeira da universidade, ignorando Ana. Ela franze a testa, confusa. Um dos Vice-Reitores sobe e se começa o processo dos formandos pegarem os diplomas. Após uma longa hora, Ana ouve seu nome ser chamado. Ela anda em direção ao palco, risadinhas das duas meninas. Christian olha para ela, seu olhar é morno, mas controlado.)




CHRISTIAN: — Parabéns, Srta. Steele — (ele diz quando aperta a mão dela em cumprimento, dando-lhe seu diploma. — Você está com algum problema com seu laptop?
(Ana fica séria.)

ANA: — Não.

CHRISTIAN: — Então você está ignorando meus e-mails? — (ele solta sua mão.)

ANA: — Só vi o de fusões e aquisições.

(Ele olha interrogativamente para ela, depois repara na fila crescendo logo atrás.)

CHRISTIAN: — Mais tarde — (ele diz baixinho.)
(Ana volta para sua cadeira e respira fundo.)


(VG)
"Estou no purgatório pelo tempo até chegar ao fim da linha. Fui cobiçado, e tive pestanas golpeadas para mim, meninas bobas e risonhas apertando a minha mão, e cinco papéis com números de telefone pressionados em minha palma. Estou aliviado quando saio do palco junto com o corpo docente, ao som de uma música processional triste e aplausos."


(No corredor, Christian agarra o braço de Kate.)
CHRISTIAN: — Preciso falar com Ana. Você pode encontrá-la? Agora.
(Kate é tomada de surpresa, mas antes que ela possa dizer qualquer coisa, ele acrescenta num tom educado)
CHRISTIAN: — Por favor.
(Os lábios de Kate afinam em desaprovação, mas ela espera com ele enquanto os acadêmicos passam em fila e, em seguida, ela retorna para o auditório. O chanceler para felicitar Christian pelo discurso.)
CHRISTIAN: — Foi uma honra ser convidado — (ele responde, apertando a mão do Reitor mais uma vez.)
__________

(Kate chama Ana, saindo detrás do palco e caminhando na direção dela.)
— Christian quer conversar com você — (ela diz.) — Ele me mandou aqui — (continua.)
— Seu discurso foi ótimo, Kate.

— Foi, não é? — (Kate irradia de alegria.) — Você vai? Ele pode ser muito insistente. — (Ela revira os olhos e Ana sorri.)

— Você não tem nenhuma ideia. Eu não posso deixar Ray muito tempo.
(Ana olha para Ray e levanta os dedos para cima para indicar cinco minutos. Ele movimenta a cabeça, dando um sinal de acordo, e Ana segue Kate pelo corredor atrás do palco. Christian está conversando com o Reitor e dois professores. Ele olha para cima quando a vê.)
— Com licença, senhores — (ele murmura para os homens à sua frente.)





(Christian anda em direção a Ana, e sorri brevemente para Kate.)
— Obrigado — (ele diz à Kate, que dá a Ana um olhar preocupado. Antes que Ana possa dizer qualquer coisa, ele toma seu cotovelo, levando-a para dentro da primeira porta que vê, que é o vestuário dos homens. Ele verifica se está vazio e então ele fecha a porta, voltando-se para Ana, que olha para ele com um certo temor.)
CHRISTIAN: — Por que você não me enviou um e-mail? Ou me mandou uma mensagem de volta? — (ele exige. Ana o encara perplexa.)
ANA: — Não olhei para o meu computador hoje, ou para o meu telefone. — (ela responde num fio de voz.) — Foi um grande discurso.
CHRISTIAN: — Obrigado — (ele murmura ainda séria.)

ANA: — Explica seus problemas com comida — (ela diz em tom suave.)
CHRISTIAN: — Anastasia, não quero falar disso agora. — (Ele fecha os olhos, aflito.) — Eu estive preocupado com você.
ANA: — Preocupado, por quê?

CHRISTIAN: — Porque você foi para casa naquela armadilha que você chama de carro.

ANA: — O quê? Não é uma armadilha mortal. É ótimo. José sempre leva na oficina para mim — (ela diz, ofendida.)
CHRISTIAN: — José, o fotógrafo? — (Os olhos de Christian se estreitam.)

ANA: — Sim, o fusca era da mãe dele.

CHRISTIAN: — Ah, e provavelmente da mãe dela e da mãe da mãe dela. Não é seguro — (ele diz com a voz um pouco mais alterada.)
ANA: — Já dirijo esse carro há mais de três anos. Sinto muito que você esteja preocupado. Por que não me ligou?
(Christian corre a mão pelo cabelo, exasperado, tomando uma respiração profunda.)

CHRISTIAN: — Anastasia, preciso de uma resposta sua. Essa expectativa está me deixando maluco.
(Ela arqueia as sobrancelhas, e desvia o olhar.)
ANA: — Christian, eu... olhe, eu deixei meu padrasto sozinho.

CHRISTIAN: — Amanhã. Quero uma resposta amanhã.

ANA: — Ok. Amanhã, eu respondo, então — (ela responde com um olhar ansioso.)
(Christian a olha aliviado.)
— Vai ficar para o coquetel? — (ele pergunta.)

— Não sei o que Ray quer fazer — (ela responde incerta.)

— Seu padrasto? Eu gostaria de conhecê-lo.
(Ana arregala os olhos, olhando-o descrente.)

— Não sei bem se é uma boa ideia.

(Christian destranca a porta e aperta os lábios ao fitá-la.)

— Você tem vergonha de mim?                      
— Não! — (ela exclama, e ela revira os olhos em frustração.) — Apresentar você ao meu pai dizendo o quê? "Esse é o homem que me deflorou e quer que a gente comece uma relação BDSM"? Você não está usando tênis de corrida.

(Christian levanta os olhos para ela, e seus lábios esboçam um sorriso. Ana sorri em resposta.)
— Só para você saber, posso correr muito rápido — (responde brincando.) — Diga-lhe simplesmente que sou seu amigo, Anastasia.
(Ele abre a porta, e ela encabeço para fora. O Reitor, os três Vice-Reitores, quatro professores e Kate olham fixamente para ela e para Christian, enquanto ela caminha apressadamente, passando por eles. VGChristian dá ao chanceler um breve aceno de cabeça educado e o homem pergunta se ele vai entrar, conhecer mais de seus colegas e desfrutar de alguns canapés.)

— Claro — (ele responde.)
__________


***

(O corredor ainda está um pouco cheio e Ray não sai de seu lugar. Ele vê Ana, e acena.)

RAY: — Ei, Annie. Parabéns. — (Ele põe o braço ao redor dela.)

ANA: — Você gostaria de vir comigo e tomar uma bebida na marquise?

RAY: — Certo. É seu dia. Vá em frente.
ANA: — Nós não temos, se você não quiser... — (ela diz hesitante.)

RAY: — Annie, eu me acabei de sentar por umas duas horas e meia, escutando todo o tipo de tagarelar. Eu preciso de uma bebida.
(Ela põe o braço no dele, e os dois saem do recinto com a multidão.)
RAY: — Oh, antes que esqueça. — (Ray tira uma máquina fotográfica digital de seu bolso.) — Uma para o álbum, Annie.
(Ela revira os olhos, enquanto ele bate uma foto dela.)
ANA: — Eu posso tirar o capelo e a beca, agora? Eu me sinto um pouco idiota.


(A marquise é imensa e cheia de alunos, pais, professores e amigos, todos tagarelando alegremente. Ray dá uma taça de champanhe a Ana, ela prova não muito satisfeita com o gosto.)


***


(VG)

(Depois de Christian conseguir escapar da reunião do corpo docente, e ao sair da recepção lotada, Kate vai apressada ao seu lado. Eles se dirigem para o gramado, onde os formandos e suas famílias estão desfrutando de um drink pós-graduação em um grande pavilhão de barraca.)
— Então, você já convidou Ana para o jantar no domingo? — (ela pergunta.)
(Christian franze a testa, confuso.)
— Na casa de seus pais — (ela explica.)
(Christian se põe a pensar, desviando o olhar de Kate, e localiza Ana, Ray, e mais um rapaz loiro indo na direção dela. Christian estreita os olhos.)




__________

*

ETHAN: — Ana!

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(Ana gira e Ethan Kavanagh a agarra em seus braços, girando-a ao redor, sem derramar a taça de vinho que ela está segurando.)
ETHAN: — Parabéns! — (Ele sorri para ela, piscando seus olhos verdes.)


"Seu cabelo é louro escuro, desgrenhado e sensual. Ele é tão bonito quanto Kate."


ANA: — Ethan! Que adorável ver você. — (Ana sorri para o jovem.) — Papai, este é Ethan, Irmão de Kate. Ethan, este é meu pai, Ray Steele.
(Eles apertam as mãos, Ray friamente avaliando Ethan.)
ANA: — Quando chegou da Europa? — (Ana pergunta a Ethan.)

ETHAN: — Faz uma semana, mas eu quis surpreender minha irmãzinha — (ele diz conspirativamente.)
ANA: — Isto é tão doce. — (Ela sorri para ele.)

ETHAN: — Ela é Valedictorian, não podia faltar com ela. — (Ethan diz orgulhoso de sua irmã.)
ANA: — Ela fez um grande discurso.

RAY: — Sim, ela fez — (Ray concorda.)

(Ethan põe seu braço ao redor da cintura de Ana, quando ela olhei para cima e vê o olhar frio de Christian sobre os dois. Kate está ao lado dele.)
KATE: — Oi, Ray — (Kate beija Ray em ambas as bochechas, fazendo-o ruborizar.) — Já conheceu o namorado da Ana? Christian Grey.

(Ana arregala os olhos, surpresa com o comentário de Kate.)
CHRISTIAN: — Sr. Steele, é um prazer conhecê-lo — (Christian diz suavemente, imperturbável com a apresentação de Kate. Ele estende a sua mão para Ray, que a toma.)






RAY: — Sr. Grey — (Ray murmura, sua expressão era indecifrável, exceto pelo leve arregalar de seus olhos castanhos.)
(Ray olha interrogativamente para Ana, e ela desvia o olhar, mordendo o lábio inferior.)

KATE: — E este é meu irmão, Ethan Kavanagh — (diz Kate para Christian.)
(Christian dá um olhar frio para Ethan, que ainda tem seu braço ao redor de Ana.)
CHRISTIAN: — Sr. Kavanagh.
(Eles apertam as mãos, e Christian estende sua mão para Ana.)


(VG)
"Ela tirou a beca de graduação e usa um vestido cinza pálido frente única, expondo seus ombros e costas impecáveis."

__________



— Ana, baby — (ele sussurra, erguendo a mão, sorrindo friamente para Ethan. Ela sai do abraço de Ethan e se posiciona ao lado de Christian. Kate sorri para ela.)
KATE: — Ethan, mamãe e papai queriam falar com você. — (Kate pega a mão de Ethan, levando-o para longe.)
RAY: — Então, há quanto tempo vocês dois se conhecem? — (Ray olha impassivelmente de Christian para Ana.)
(Christian estendo seu braço no ombro de Ana, traçando suavemente o polegar sobre as costas nuas dela e ela treme em resposta.)
CHRISTIAN: — Há algumas semanas — (ele diz suavemente.) — Nós nos conhecemos quando Anastasia me entrevistou para o jornal da faculdade.
RAY: — Não sabia que você trabalhava no jornal da faculdade, Ana — (Ray diz a ela numa repreensão silenciosa, revelando sua irritação.)

ANA: — Kate estava doente — (ela murmura.)
(Ray balança a cabeça, assentindo, a testa ainda franzida.)
RAY: — Belo discurso que você deu, Sr. Grey.
CHRISTIAN: — Obrigado Senhor. Pelo que soube o senhor é um bom pescador.
(Ray levanta suas sobrancelhas e sorri.)
(VG)
RAY: — Na verdade eu sou. Annie lhe contou isso? — (Ray dá uma leve olhadela para a enteada.)
CHRISTIAN: — Contou.
RAY: — Você pesca? — (pergunta curioso.)
CHRISTIAN: — Não tanto quanto gostaria. Meu pai costumava levar meu irmão e eu, quando éramos crianças. Para ele, era tudo sobre as trutas prateadas. Acho que puxei a ele.
__________


(Ana escuta por um momento, então pede desculpas e se afasta no meio da multidão para se juntar aos Kavanagh. Christian olha desejoso para o grande decote nas costas dela. Ana vai até Kate e a encontra conversando com seus pais, que são atenciosos, e calorosamente a saúdam.)
— Olá, Ana, querida — (cumprimenta a Sra. Kavanagh, dando beijinhos no rosto de Ana.)
(VG)
RAY: — Oh? Onde você pesca?
(Christian volta a prestar a atenção em Ray.)
CHRISTIAN: — Em todo o noroeste do Pacífico.
RAY: — Você cresceu em Washington?
CHRISTIAN: — Sim senhor. Meu pai nos iniciou no rio Wynoochee.
(Ray sorri, assentindo.)
RAY: — Conheço-o bem.
CHRISTIAN: — Mas o seu favorito é o Skagit. Do lado dos EUA. Ele nos tirava da cama numa hora descrente da manhã e íamos de carro até lá. Ele pegou alguns peixes poderosos nesse rio.

RAY: — Isso é coisa de água doce. Peguei alguns rod breakersver o significado disso no Skagit. No lado canadense, sabe.
CHRISTIAN: — É um dos melhores trechos para trutas prateadas selvagens. Dão-lhe uma perseguição muito melhor do que aqueles que são aparados — (Christian diz, os olhos em Ana.)
RAY: — Concordo plenamente.
CHRISTIAN: — Meu irmão pegou um par de monstros selvagens. Ainda estou esperando por um dos grandes.
RAY: — Um dia, hein?
CHRISTIAN: — Espero que sim.
__________

(Após conversar com a família de Kate, Ana puxa a amiga para um canto.)
— Kate, como você pode apresentá-lo para o Ray? — (ela reclama na primeira oportunidade de não serem ouvidas.)
— Porque eu sabia que você nunca faria e eu quero ajudar Christian com os assuntos de compromisso. — (Kate sorri para ela docemente.)

(Ana faz uma carranca.)

— Ele parece muito legal sobre isto, Ana — (Kate continua.) — Não mele. Olhe para ele agora, Christian não pode tirar seus olhos de você.
(Ana olha para cima e nota Ray e Christian olhando para ela.)

*

(VG)

CHRISTIAN: — O senhor ainda sai muito para pescar? — (Christian foca em Ray.)
RAY: — Claro que sim. O pai de José, amigo de Annie, e eu saímos sempre que podemos.
(Christian estreita os olhos e assente devagar.)

CHRISTIAN: — Ele é o cara que cuida do Fusca?
RAY: — Sim, é ele.
CHRISTIAN: — Grande carro, o Fusca. Sou um fã de carros feitos na Alemanha — (mente.)
RAY: — Mesmo? Annie ama aquele carro velho, mas acho que ele está passando da sua data de venda.
CHRISTIAN: — Engraçado você mencionar isso. Estava pensando em emprestar-lhe um dos meus carros da empresa. Você acha que ela aceitaria?
RAY: — Acho. Isso seria com Annie, sabe.
CHRISTIAN: — Ótimo. Presumo que Ana não ia à pescaria.
RAY: — Não. Essa menina puxou à sua mãe. Ela não podia suportar ver os peixes sofrerem. Ou as iscas, aliás. Ela é uma alma gentil.

(Christian assente e sorri.)

CHRISTIAN: — Não admira que ela não estivesse interessada no bacalhau que nós comemos no outro dia.
(Ray ri.)
RAY: — Ela está de acordo em comê-los.
__________

*

KATE: — Ele tem estado vigiando você como um falcão.




ANA: — Seria melhor eu ir resgatar Ray ou Christian. Eu não sei qual deles. Você não ouviu a última palavra sobre isso, Katherine Kavanagh! — (Ana diz um pouco nervosa, e caminha para longe da amiga.)
KATE: — Ana, eu te fiz um favor — (Kate reclama atrás dela.)
(Ana vai para perto de Christian e Ray.)

ANA: — Oi. — (Ela sorri para os dois.)

RAY: — Annie, onde ficam os banheiros? — (Ray pergunta, mais relaxado que antes.)
ANA: — Atrás da marquise, à esquerda.

RAY: — Vejo você em um momento. Vocês crianças, divirtam-se.

(Ela olha para Ray indo, então espia nervosamente para Christian. Mas antes que possam dizer alguma coisa, eles são interrompidos por um fotógrafo, que tira uma rápida foto dos dois juntos.)
FOTÓGRAFO: — Obrigada, Sr. Grey — (o fotógrafo agradece e vai embora. Ana fica piscando por causa do flash.)





ANA: — Então você já encantou meu pai também? — (Ana pergunta numa voz doce e provocante.)

CHRISTIAN: — Também? — (Christian sorri e levanta uma sobrancelha em surpresa, fazendo Ana ruborizar. Ele ergue a mão e traça a bochecha dela com os dedos.)

CHRISTIAN: — Ah, eu gostaria de saber o que você estava pensando, Anastasia — (ele sussurra sombriamente, acariciando o queixo e inclinando a cabeça dela para trás, de forma que eles se olhem atentamente.)
(Ana fica quieta e arfante, olhando de volta para ele, os olhos escurecendo de desejo.)
ANA: — Agora estou pensando, bela gravata — (ela sussurra.)
(Ele ri.)

CHRISTIAN: — Recentemente passou a ser minha favorita. — (Ela sorri.) — Você está linda, Anastasia. Esse vestido frente única lhe cai bem, e consigo acariciar suas costas, sentir sua pele macia.
(Os lábios de Ana se separam e sua respiração fica mais curta, revelando a atração entre ambos.)
CHRISTIAN: — Você sabe que vai ser bom, não sabe, baby? — (ele sussurra.)
(Ela fecha os olhos, engole seco e respira fundo. Quando os abre novamente, está irradiando ansiedade.)
ANA: — Mas eu quero mais — (ela sussurra.)

CHRISTIAN: — Mais? — (Christian olho para ela perplexo. Ela faz que sim e engole em seco.)

CHRISTIAN: — Mais — (ele repete suavemente, o polegar fazendo uma trilha para baixo até o lábio dela.) — Você quer corações e flores.
(Ana assente, os olhos suplicantes.)
CHRISTIAN: — Anastásia — (a voz dele é suave.) — Isso não é algo que eu conheça.
ANA: — Nem eu.
(Ele sorri ligeiramente.)
CHRISTIAN: — Você não sabe muito — (ele murmura.)
— E você sabe todas as coisas erradas.
— Errado? Não. — (Ele balança a cabeça.) — Experimente — (sussurra.)
(Ana permanece com os olhos fixos nos dele, absorvendo o homem bonito, a respiração ofegante. Christian a olha da mesma maneira.)
— Tudo bem — (ela sussurra.)
— O que? — (ele pergunta incerto.)
— Tudo bem. Vou tentar.
CHRISTIAN: — Está concordando? — (pergunta em descrença.)

ANA: — Em relação aos limites brandos, sim. Vou experimentar — (ela diz em voz baixa.)
(Ele suspira satisfeito, e a puxa em seus braços, a envolvendo num abraço, enterrando seu rosto no cabelo castanho, inalando profundamente.)
CHRISTIAN: — Nossa, Ana, você é muito surpreendente. Você me tira o fôlego.
(Um momento depois, Ray volta, examinando o relógio para disfarçar seu embaraço. De forma relutante, Christian a solta.)

RAY: — Annie, vamos almoçar?

ANA: — Tudo bem — (diz ela com um sorriso tímido dirigido a Christian.)
RAY: — Você gostaria de se juntar a nós, Christian? — (Ray pergunta.)
(Ana olha fixamente para ele, implorando para que ele recuse. Christian assente para ela, entendendo.)

CHRISTIAN: — Obrigado, Sr. Steele, mas tenho planos. Foi muito bom conhecê-lo — (Christian diz sorridente.)
RAY: — Igualmente — (Ray responde.) — Cuide de minha menina.
CHRISTIAN: — Ah, a minha intenção é essa — (Christian responde como um duplo sentido, apertando a mão dele.)




(Ele pega a mão de Ana e leva os dedos femininos aos lábios, beijando-os.)
CHRISTIAN: — Até mais tarde, Srta Steele — (Christian sussurra muito satisfeito. Ana o encara de modo apaixonado.)

(VG)


(Ray dá um breve aceno, e pegando o cotovelo de Ana, a leva para fora da recepção. Christian os vê indo e sorri, olhando apaixonado para a jovem de cabelos castanhos e vestido cinza com decote nas costas, indo embora com o pai.)
— Christian Grey?
(Christian diminue o sorriso ao ver Eamon Kavanagh, o pai de Katherine, indo até ele.)
— Eamon, como você está? — (Eles apertam as mãos.)
__________

*

RAY: — Parece ser um jovem sólido. Muito apresentável também. Você podia fazer muito pior, Annie. Entretanto por que eu tive que ouvir sobre ele por Katherine? — (Ray reclama.)
(Ana encolhe os ombros como desculpa.)

RAY: — Bem, qualquer homem que goste de pescar está bom para mim — (Ray diz.)
(Ana sorri com timidez.)

*

(VG)

*Não se esqueça de deixar seu comentário. Isso ajuda muito a fortalecer o blog.*


(Taylor pega Christian às três e trinta da tarde.)
— Boa tarde, senhor — (diz ele, abrindo a porta do carro.)
__________

(VEF)

— Onde, senhor? (pergunta ele.)
— Leve-me de volta para o Heathman.
__________

(VG)

(No caminho, Taylor o informa que o Audi A3 foi entregue no The Heathman. Olhando pela janela do carro, Christian assiste o entardecer de Portland. Num semáforo há um jovem casal discutindo na calçada ao lado de um saco de mantimentos derramado. Outro casal, ainda mais jovem, andando de mãos dadas, olhos nos olhos e rindo. A menina inclina-se e sussurra algo no ouvido de seu namorado tatuado. O rapaz ri, inclina-se para baixo, e a beija rapidamente, em seguida, abre a porta para um café e fica de lado para deixá-la entrar. Christian franze a testa, pondo-se a pensar.)


"Ana quer mais. Suspiro pesadamente e passo meus dedos pelo meu cabelo. Elas sempre querem mais. Todas elas. O que posso fazer sobre isso? O casal mão-na-mão passeando até o café. Ana e eu fizemos isso. Comemos juntos em dois restaurantes, e foi... divertido. Talvez eu possa tentar. Afinal, ela está me dando tanto. Solto minha gravata. Eu poderia fazer mais?"



__________


(Ray leva Ana de volta para casa ao entardecer.)

RAY: — Ligue para sua mãe — (ele diz.)

ANA: — Eu irei. Obrigado por vir, papai.

RAY: — Não teria faltado a isto por nada no mundo, Annie. Você me fez tão orgulhoso.
(Ana funga, tentando não chorar, e o abraça forte. Ray põe seus braços ao redor dela.)
ANA: — Ei, Annie, querida — (ele sussurra.) — Grande e velho dia… hein? Quer que eu entre e faça um chá para você?
(Ana ri em meio às lágrimas.)

ANA: — Não, papai, eu estou bem. Foi realmente maravilhoso ver você. Eu o visitarei tão logo que me estabeleça em Seattle.
RAY: — Boa sorte com as entrevistas. Deixe-me saber como elas vão.

ANA: — Com certeza, papai.

RAY: — Amo você, Annie.

ANA: — Amo você também, papai.
(Ray sorri e se despede dela, logo subindo de volta em seu carro. Ana acena e o vê dirigir em direção ao início do pôr-do-sol. Ela entra no apartamento.)

***

(Depois de tomar banho e fazer uma videoconferência com Ros, Christian manda um e-mail para Anastasia. Antes de fazer qualquer coisa, Ana verifica seu telefone celular. Ela pega carregador para carregá-lo, e vê quatro ligações, uma mensagem de voz e duas de texto: três ligações de Christian, uma chamada perdida de José e um correio de voz dele saudando-a pela formatura. Ela abre os textos; ambos de Christian.)


*Você está segura?
*Me ligue


(Ela se encaminha direto para o quarto e liga o notebook, vendo um e-mail dele.)

__________

De: Christian Grey

Assunto: Hoje à noite

Data: 25 de maio 2011 23:58

Para: Anastásia Steele

Eu espero que você tenha chegado bem em casa naquele seu carro.

Deixe-me saber que você está bem.

Christian Grey
CEO, Grey Enterprises Holdings, Inc.

__________


(Ela respira fundo e abre um e-mail mais recente.)

__________

De : Christian Grey

Assunto: Limites brandos

Data: 26 de maio de 2011 17:22

Para: Anastasia Steele


O que posso dizer que já não tenha dito?

Feliz de discutir isso em detalhes quando você quiser.

Você estava linda hoje.


Christian Grey

CEO, Grey Enterprises Holdings, Inc.

__________


De: Anastásia Steele

Assunto: Limites brandos

Data: 26 de maio 2011 19:23

Para: Christian Grey

Posso passar por aí esta noite para discutirmos se você quiser.

Ana

__________

De: Christian Cinzento

Assunto: Limites brandos

Data: 26 de maio 2011 19:27

Para: Anastásia Steele

Vou até aí. Falei sério quando disse que não estava satisfeito em ver você dirigindo aquele carro.

Estarei com você em breve.

Christian Grey
CEO, Grey Enterprises Holdings, Inc.

__________


(Ana olha de um lado para o outro, exasperada. Ela se levanta da cama, afim de preparar algo, e caminha em direção a prateleira na sala de estar, olhando para a primeira edição do livro de Thomas Hardy – Tess of the D’Ubervilles.  Ela o embrulha num papel de embrulho, e escreve em cima do embrulho uma citação direta do livro da Tess:

“Eu concordo com as condições, Angel, por que você sabe bem qual seria a minha punição. Apenas – apenas não a torne maior do que eu possa suportar.”





*

(VG)

(Christian imprime outra cópia dos “Limites Brandos” do contrato e do e-mail de Ana intitulado: “Questões”. Ele chama Taylor em seu quarto.)

— Eu estou entregando o carro para Anastasia. Você pode me pegar lá - digamos, nove e meia?

— Certamente, senhor.
(Antes de sair, Christian coloca dois preservativos no bolso de trás da calça jeans, e caminha com um grande sorriso para a porta da suíte.)



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