No apartamento de Kate:
(Kate fica em ĂȘxtase apĂłs Ana contar sobre o encontro com Grey)
KATE: — Mas o que ele estava fazendo na Clayton's? — (Sua curiosidade escoa pelo telefone.)
ANA: — Ele estava pela ĂĄrea.
KATE: — Isso Ă© uma coincidĂȘncia enorme, Ana. VocĂȘ nĂŁo acha que ele foi aĂ para ver vocĂȘ? (Ela especula.)
ANA: — Ele estava visitando o departamento de agricultura da WSU. EstĂĄ financiando uma pesquisa. — (Ana murmura).
KATE: — Ah sim. Ele doou dois milhĂ”es e meio de dĂłlares ao departamento. — (Kate diz.)
ANA: — Como vocĂȘ sabe disso? (Ana pergunta surpresa.)
KATE: — Ana, eu sou jornalista, e escrevi um perfil do cara. Ă meu trabalho saber disso.
ANA: — Tudo bem, senhora jornalista, nĂŁo arranque os cabelos. EntĂŁo, vocĂȘ quer as fotos?
KATE: — Claro que quero. A questĂŁo Ă© quem vai fazĂȘ-las, e onde.
ANA: — PodĂamos perguntar onde ele prefere. Disse que estĂĄ hospedado na regiĂŁo.
KATE: — VocĂȘ pode entrar em contato com ele?
ANA: — Tenho o nĂșmero de celular dele.
(Kate suprime um grito.)
KATE: — O solteiro mais rico, mais esquivo, mais enigmĂĄtico do Estado de Washington simplesmente deu a vocĂȘ o nĂșmero de celular dele.
ANA: — Hum… deu. (Ana diz encabulada.)
KATE: — Ana! Ele gosta de vocĂȘ. NĂŁo tenho a menor dĂșvida. — (O tom dela Ă© enfĂĄtico.)
ANA: — Kate, ele sĂł estava tentando ser simpĂĄtico.
KATE: — NĂŁo sei quem vamos chamar para fazer as fotos. Levi, nosso fotĂłgrafo de sempre, nĂŁo pode. EstĂĄ passando o fim de semana em Idaho Falls. Ele vai ficar furioso por ter perdido a oportunidade de fotografar um dos principais empresĂĄrios dos Estados Unidos.
ANA: — Hum… Que tal JosĂ©?
KATE: — Grande ideia! Peça a ele, ele faz qualquer coisa por vocĂȘ. Depois ligue para Grey e descubra onde ele prefere nos encontrar. — (Kate diz, fazendo pouco caso.)
ANA: — Acho que vocĂȘ devia ligar para ele.
KATEE: — Para quem? Para JosĂ©?— (Kate zomba.)
ANA: — NĂŁo, para Grey.
KATE: — Ana, Ă© vocĂȘ quem tem relação com ele.
ANA: — Relação? — (Ana bufa.) — Eu mal conheço o cara.
KATE: — Pelo menos jĂĄ esteve com ele. — (Kate diz amargamente.) — E parece que ele quer conhecĂȘ-la melhor. Ligue para ele, Ana. — (Kate diz decidida e desliga.)
(Ana faz uma careta para meu celular, mostrando minha lĂngua para ele, antes de desligar. Ela deixa uma mensagem para JosĂ©, quando Paul entra na sala de estoque procurando por lixas.)
PAUL: — Estamos meio ocupados aqui, Ana, — (ele diz sem aspereza)
ANA: — Eu sei, desculpe — (ela murmura, dando meia volta no balcĂŁo para sair.)
PAUL: — EntĂŁo, de onde vocĂȘ conhece Christian Grey? — (A voz de Paul tenta se mostrar indiferente, mas Ă© pouco convincente.)
ANA: — Tive que entrevistĂĄ-lo para o jornal da faculdade. Kate nĂŁo estava passando bem. — (Ana encolhe os ombros, tentando soar casual, mas tambĂ©m Ă© pouco convincente.)
PAUL: — Christian Grey na Clayton's. Imagine sĂł. — (Paul bufa achando graça e balança a cabeça como se quisesse clarear as ideias.) — Enfim, quer sair para beber ou fazer alguma coisa hoje Ă noite?
ANA: — VocĂȘ nĂŁo tem um jantar de famĂlia ou algo assim com seu irmĂŁo?
PAUL: — Ă amanhĂŁ.
ANA: — Talvez alguma outra hora, Paul. Preciso estudar hoje Ă noite. As provas finais sĂŁo na semana que vem.
PAUL: — Ana, um dia desses vocĂȘ vai aceitar — (Paul sorri enquanto Ana corre para a loja.)
* * *
JOSĂ: — Mas eu fotĂłgrafo paisagens, Ana, nĂŁo pessoas — (JosĂ© reclama.)
ANA: — JosĂ©, por favor? — (Ana implora, segurando o celular, e andando de um lado para o outro da sala de estar do apartamento.)
KATE: — DĂĄ aqui esse telefone. — (Kate arranca o telefone da mĂŁo de Ana.)
— Escute aqui, JosĂ© Rodriguez, se quiser que o nosso jornal faça a cobertura da inauguração da sua exposição, vocĂȘ vai ter que tirar essas fotos para a gente amanhĂŁ, capiche? — (Um segundo de silĂȘncio.) — Ătimo. Ana vai ligar dizendo o local e a hora da sessĂŁo. Vemos vocĂȘ amanhĂŁ. — (Ela desliga o celular.) — Pronto. Tudo que precisamos fazer agora Ă© decidir o local e o horĂĄrio. Ligue para ele. — (Kate estende o telefone para Ana.) — Ligue para Grey, agora!
— Escute aqui, JosĂ© Rodriguez, se quiser que o nosso jornal faça a cobertura da inauguração da sua exposição, vocĂȘ vai ter que tirar essas fotos para a gente amanhĂŁ, capiche? — (Um segundo de silĂȘncio.) — Ătimo. Ana vai ligar dizendo o local e a hora da sessĂŁo. Vemos vocĂȘ amanhĂŁ. — (Ela desliga o celular.) — Pronto. Tudo que precisamos fazer agora Ă© decidir o local e o horĂĄrio. Ligue para ele. — (Kate estende o telefone para Ana.) — Ligue para Grey, agora!
(Ana faz uma careta para ela e alcança no bolso de trĂĄs da calça o cartĂŁo de negĂłcios dele. Ela toma uma profunda e firme respiração, e com dedos trĂȘmulos, disca o nĂșmero.)
(Ele responde no segundo toque. Sua voz Ă© tranquila e fria.)
CHRISTIAN: — Grey.
ANA: — Hum… Sr. Grey? Ă AnastĂĄsia Steele. — (Ela diz um pouco nervosa.)
CHRISTIAN: — Senhorita Steele. Que bom falar com vocĂȘ. — (A voz de Christian muda para um tom mais sedutor. Ana ruboriza. De sĂșbito ela percebe que Kate estĂĄ olhando fixamente para ela, boquiaberta, e ela vai para a cozinha para evitar o olhar minucioso de Kate.)
ANA: — Hum... nĂłs gostarĂamos de combinar a sessĂŁo de fotos para o artigo. — (Ana respira profundamente, tentando soar formal.) — AmanhĂŁ, se possĂvel. Onde seria conveniente para o senhor?
CHRISTIAN: — Estou no Heathman, em Portland. Pode ser amanhĂŁ Ă s nove e meia da manhĂŁ?
ANA: — Tudo bem, nos vemos lĂĄ. — (Ana responde radiante.)
CHRISTIAN: — Estou ansioso para isso, Srta. Steele.
(Ela desliga. Kate estå na cozinha, e ela estå olhando fixamente para Ana com um olhar de total consternação no rosto.)
KATE: — AnastĂĄsia Rose Steele. VocĂȘ gosta dele! Eu nunca vi e nem ouvi vocĂȘ tĂŁo… tĂŁo encantada com alguĂ©m antes. EstĂĄ atĂ© vermelha.
ANA: — Ah, Kate, vocĂȘ sabe que eu vivo corando. Ă um risco ocupacional comigo. NĂŁo seja ridĂcula, — (Ana diz secamente) — SĂł acho esse homem… intimidador, sĂł isso.
KATE: — Heathman, Ă© claro — (Kate murmura.) — Vou ligar para o gerente e negociar um espaço para a sessĂŁo de fotos.
ANA: — Vou fazer o jantar. Depois, preciso estudar.
(Ana, de inĂcio, nĂŁo consegue esconder a irritação com Kate. Ela abre os armĂĄrios para fazer o jantar, e fica o resto da noite inquieta, dando voltas pela cama e sonhando com um Christian sedutor. Pelo resto da noite, ela desperta duas vezes com os sonhos que tem, e esmurra o travesseiro, tentando voltar a dormir.)
* * *
(De manhĂŁ, Christian veste seu moletom e corre para se exercitar. JosĂ©, Travis e Ana estĂŁo viajando no Fusca dela, e Kate estĂĄ em sua Mercedes, uma vez que todos nĂŁo cabem em seu carro. Quando Kate informa que a equipe estĂĄ lĂĄ para fotografar Christian Grey, imediatamente lhes dĂŁo um upgrade para uma suĂte melhor. Um executivo de marketing os leva atĂ© o local. Os quartos sĂŁo elegantes, sĂłbrios e equipados com mĂłveis de luxo.
Mais tarde, ele chega em sua suĂte e, antes de tomar banho, senta para comer o cafĂ© da manhĂŁ que foi entregue pelo serviço de quarto.)
Mais tarde, ele chega em sua suĂte e, antes de tomar banho, senta para comer o cafĂ© da manhĂŁ que foi entregue pelo serviço de quarto.)
(Alguém bate à porta e ele abre para Taylor.)
TAYLOR: — Bom dia, Sr. Grey.
CHRISTIAN: — Bom dia. Eles estĂŁo prontos para mim?
TAYLOR: — Sim senhor. Eles estĂŁo prontos no quarto 601.
CHRISTIAN: — Vou descer.
* * *
KATE: — JosĂ©, eacho que vamos fotografar na frente daquela parede, concorda? — (Kate nĂŁo espera por sua resposta.) — Travis, limpe as cadeiras. Ana, vocĂȘ pode pedir ao serviço de quarto para trazer algumas bebidas? E deixe Grey saber onde estamos.
(Ana desvia o olhar, mas faz o que lhe Ă© pedido. Meia hora mais tarde, Christian Grey entra na suĂte. Ele estĂĄ vestindo uma camisa branca, aberta no colarinho, e calças de flanela cinza que pendem de seus quadris. Seus cabelos incontrolĂĄveis ainda estĂŁo Ășmidos do banho. A boca de Ana fica seca sĂł ao olhar para ele.
Grey entra na suĂte acompanhado de Taylor, com um corte militar, com um acentuado terno escuro e gravata, que fica em silencio no canto.)
CHRISTIAN: — Senhorita Steele, nos encontramos novamente. — (Grey estende a mĂŁo, e ela a agita, piscando rapidamente. Quando ela toca em sua mĂŁo, sente uma corrente atravessando-a diretamente, fazendo-a ruborizar, deixando sua respiração regular ser audĂvel.)
ANA: — Sr. Grey, esta Ă© Katherine Kavanagh — (Ana murmura, acenando com uma mĂŁo em direção a Kate que avança, olhando-o diretamente nos olhos.)
CHRISTIAN: — A tenaz senhorita Kavanagh. Como vai? — (Ele lhe dĂĄ um pequeno sorriso, olhando genuinamente divertido.) — Eu acredito que vocĂȘ estĂĄ se sentindo melhor? AnastĂĄsia disse que vocĂȘ estava indisposta na semana passada.
KATE: — Eu estou bem, obrigada, Sr. Grey. — (Ela agita sua mĂŁo com firmeza, sem pestanejar. — Obrigada por ter tempo para fazer isto. — (Ela lhe dĂĄ um educado sorriso profissional.)
CHRISTIAN: — Ă um prazer — (ele responde, voltando seu olhar cinza para Ana, e ela ruboriza novamente.)
ANA: — Este Ă© JosĂ© Rodriguez, nosso fotĂłgrafo, — Ana diz, sorrindo para JosĂ©, que sorri com carinho de volta para ela. Seus olhos sĂŁo frios quando ele olha de mim para Grey.)
JOSĂ: — Sr. Grey — (ele movimenta a cabeça.)
CHRISTIAN: — Sr. Rodriguez — (A expressĂŁo de Grey muda completamente quando ele avalia JosĂ©.)
CHRISTIAN: — Onde vocĂȘ me quer? — (Grey pergunta a ele. Seu tom soa vagamente ameaçador.)
KATE: — Sr. Grey, se vocĂȘ puder se sentar aqui, por favor? Tenha cuidado com os cabos de iluminação. E depois, nĂłs vamos fazer algumas de pĂ© tambĂ©m. — (Kate o direciona para uma cadeira instalada contra a parede. Travis liga as luzes, momentaneamente ofuscando Grey, e murmura
uma desculpa. Travis e Ana recuam e assistem como José passa a tirar fotos. Ele tira vårias fotos apoiadas, pedindo para Grey virar-se de um jeito, de outro, mover seu braço, então, abaixå-lo novamente. Movendo o tripé, José tira muitas outras, enquanto Grey se senta e posa, pacientemente e naturalmente por mais ou menos vinte minutos. Duas vezes os olhos dos dois se fitam, e Ana tem que afastar o olhar para longe do dele.)
uma desculpa. Travis e Ana recuam e assistem como José passa a tirar fotos. Ele tira vårias fotos apoiadas, pedindo para Grey virar-se de um jeito, de outro, mover seu braço, então, abaixå-lo novamente. Movendo o tripé, José tira muitas outras, enquanto Grey se senta e posa, pacientemente e naturalmente por mais ou menos vinte minutos. Duas vezes os olhos dos dois se fitam, e Ana tem que afastar o olhar para longe do dele.)
KATE: — JĂĄ Ă© o suficiente sentando. — (Katherine comanda novamente.) — De pĂ©, Sr. Grey? — (Ela pergunta. Ele se levanta, e Travis corre para remover a cadeira. O dispositivo da Nikon de JosĂ© começa a clicar novamente.)
JOSĂ: — Eu acho que temos o suficiente — (JosĂ© anuncia cinco minutos mais tarde.)
KATE: — Ătimo — (diz Kate.) — Obrigada novamente, Sr. Grey. — (Ela o cumprimenta, assim como JosĂ©.)
CHRISTIAN: — Eu espero ansiosamente ler o artigo, Senhorita Kavanagh — (Grey murmura, e se vira para Ana, aguardando Ă porta. — VocĂȘ me acompanha, Senhorita Steele? — (Ele pergunta.)
ANA: — Claro, — (ela diz, completamente arrebatada. Ana olha ansiosamente para Kate, que encolhe os ombros. JosĂ© estĂĄ carrancudo atrĂĄs de Kate.)
CHRISTIAN: — Bom dia para vocĂȘs todos, — (diz Grey enquanto ele abre a porta, abrindo caminho para permitir Ana sair primeiro.)
(Ela pĂĄra no corredor do hotel, remexendo-se nervosamente quando Grey sai do quarto, seguido por Taylor.)
CHRISTIAN: — Eu ligo para vocĂȘ, Taylor, — (ele murmura para o segurança. Taylor caminha pelo corredor abaixo, e Grey vira seu olhar cinzento queimando para Ana.)
CHRISTIAN: — Gostaria de saber se vocĂȘ se juntaria a mim para o cafĂ© da manhĂŁ.
(O coração de Ana dispara. Ela limpa a garganta tentando controlar os nervos.)
ANA: — Eu tenho que levar todo mundo para casa, — (Ana murmura, se desculpando, torcendo as mĂŁos e os dedos na frente.)
CHRISTIAN: — TAYLOR, — (Christian chama o segurança, fazendo Ana saltar.)
(Taylor, que tinha retrocedido pelo corredor abaixo, se vira e volta na direção deles.)
CHRISTIAN: — Eles vĂŁo para a universidade? — Grey pergunta, sua voz suave e inquiridora. Ana faz que sim.) — Taylor pode levĂĄ-los. Ele Ă© meu motorista. NĂłs temos um grande 4x4 aqui, entĂŁo ele poderĂĄ levar o equipamento tambĂ©m.
TAYLOR: — Sr. Grey? — (Taylor pergunta quando ele os alcança, permanecendo distante.)
CHRISTIAN: — Por favor, vocĂȘ pode conduzir o fotĂłgrafo, seu assistente, e a Senhorita Kavanagh para casa?
TAYLOR: — Certamente, senhor, — (Taylor responde.)
CHRISTIAN: — Pronto. Agora vocĂȘ pode juntar-se a mim para o cafĂ©? — (Grey sorri satisfeito.)
ANA: — Aah, Sr. Grey, Ă©, isto realmente… olhe, Taylor nĂŁo tem que levĂĄ-los para casa. — (Ana lança um breve olhar para Taylor, que permanece estoicamente impassĂvel.) — Eu trocarei de veĂculo com Kate, se vocĂȘ me der um momento.
Grey sorri deslumbrante. Ele abre a porta da suĂte para que ela possa entrar. Ana passa ao redor dele para entrar no quarto, encontrando Katherine em uma profunda discussĂŁo com JosĂ©.)
KATE: — Ana, eu acho que ele definitivamente gosta de vocĂȘ, — (ela diz sem qualquer preĂąmbulo. JosĂ© olha para Ana com desaprovação.) — Mas eu nĂŁo confio ele, — (ela adiciona. Ana levanta a mĂŁo para que Kate pare de falar. Ela o faz.)
ANA: — Kate, se vocĂȘ levar o fusca, eu posso levar seu carro?
KATE: — Por quĂȘ?
ANA: — Christian Grey me convidou para tomar cafĂ© com ele.
(Ela fica boquiaberta. Kate emudece. Kate a agarra pelo braço e a arrasta para o quarto que fica fora da sala de estar da suĂte.)
KATE: — Ana, hĂĄ algo sobre ele. — (Seu tom Ă© cheio de advertĂȘncia.) — Ele Ă© magnĂfico, eu concordo, mas eu acho que ele Ă© perigoso. Especialmente para alguĂ©m como vocĂȘ.
ANA: — O que vocĂȘ quer dizer, com alguĂ©m como eu? — (Ana exije, afrontada.)
KATE: — Uma inocente como vocĂȘ, Ana. VocĂȘ sabe o que eu quero dizer, — (ela fala um pouco irritada. Ana ruboriza.)
ANA: — Kate, Ă© apenas um cafĂ©. Eu estou começando meus exames finais esta semana, e eu preciso estudar, entĂŁo eu nĂŁo vou demorar muito.
(Kate aperta os lĂĄbios, e pega as chaves do carro do bolso e entrega-as para Ana. Ana entrega as dela.)
KATE: — Eu vejo vocĂȘ mais tarde. NĂŁo demore muito, ou eu vou enviar uma busca e salvamento.
ANA: — Obrigada. — (Elas se abraçam.)
(Ana sai da suĂte para encontrar Christian Grey esperando, encostado contra a parede.)
ANA: — Ok, vamos tomar cafĂ©, — (ela murmura, ruborizando.)
(Ele sorri.)
CHRISTIAN: — Depois de vocĂȘ, Senhorita Steele. — (Ele se ergue, levantando a mĂŁo para que ela vĂĄ primeiro.)
(Eles caminham juntos pelo largo corredor do hotel para os elevadores.)
CHRISTIAN: — Quanto tempo vocĂȘ e Katherine Kavanagh se conhecem? (Christian começa a falar.)
ANA: — Desde nosso primeiro ano. Ela Ă© uma boa amiga.
— Humm — (ele responde, reservado.)
(Nos elevadores, Christian aperta o botĂŁo de chamada, e a campainha toca quase que imediatamente. As portas deslizam abertas, revelando um jovem casal em um amasso apaixonado do lado de dentro. Surpresos e envergonhados, eles se separam, olhando culpados em todas as direçÔes, menos na deles. Grey e Ana entram no elevador. As portas abrem e Grey toma a mĂŁo de Ana., apertando-a com seus dedos longos e frios. Quando Christian a leva para fora do elevador, Ă© possĂvel ouvir as risadinhas suprimidas do casal que estoura atrĂĄs deles. Grey sorri.)
CHRISTIAN: — O que tem os elevadores? — (Ele murmura.)
(Eles cruzam o extenso saguão movimentado do hotel, em direção à entrada. Do lado de fora, estå um ameno domingo de maio. O sol estå brilhando e o tråfico estå limpo. Grey vira à esquerda e anda até a esquina, onde eles param, esperando pelas luzes de pedestres do cruzamento mudar. Eles caminhamos quatro quarteirÔes, antes de alcançar a Cafeteria de Portland, onde Grey libera a mão dela para segurar a porta aberta, para que ela possa entrar.)
CHRISTIAN: — Por que vocĂȘ nĂŁo escolhe uma mesa, enquanto eu pego as bebidas? O que vocĂȘ gostaria? — (Ele pergunta, cortĂȘs.)
CHRISTIAN: — Por que vocĂȘ nĂŁo escolhe uma mesa, enquanto eu pego as bebidas? O que vocĂȘ gostaria? — (Ele pergunta, cortĂȘs.)
ANA: — Eu quero… um Twinings English Breakfast, em saquinho. (Ela responde.)
(Ele levanta as sobrancelhas.)
CHRISTIAN: — CafĂ© nĂŁo?
ANA: — Eu nĂŁo gosto de cafĂ©.
(Ele sorri.)
CHRISTIAN: — Ok, chĂĄ em saquinho. AçĂșcar?
ANA: — NĂŁo, obrigada. — (Ana olha para baixo para seus dedos atados.)
CHRISTIAN: — Alguma coisa para comer?
ANA: — NĂŁo obrigada. — (Ela nega.)
(Christian anda para o balcĂŁo. Ana disfarçadamente olha para ele enquanto ele estĂĄ na fila de espera para ser servido. Ana morde o lĂĄbio inferior ao vĂȘ-lo passar a mĂŁo pelos cabelos rebeldes. Christian olha para ela, e Ana desvia o olhar para as mĂŁos novamente.)
CHRISTIAN: — Um centavo por seus pensamentos? — (Grey estĂĄ de volta, e a assusta. Ana se espanta.)
(Ele estĂĄ carregando uma bandeja, que coloca sobre a pequena mesa redonda de carvalho envernizada. Ele a entrega uma xĂcara e um pires, um pequeno bule, e um pratinho contendo um solitĂĄrio saquinho de chĂĄ impresso “Twinings English Breakfast”. Ele carrega um cafĂ© que ostenta um maravilhoso padrĂŁo de folhas impresso no leite. Ele tambĂ©m comprou um bolinho de mirtilo para si mesmo. Pondo de lado a bandeja, ele se senta ao lado oposto dela e cruza suas longas pernas.)
CHRISTIAN: — Seus pensamentos? — (Ele solicita.)
CHRISTIAN: — Seus pensamentos? — (Ele solicita.)
ANA: — Este Ă© meu chĂĄ favorito. — (Sua voz Ă© calma, ofegante. Ela coloco o saquinho de chĂĄ no bule e quase que imediatamente a pesca novamente com a colher de chĂĄ. Quando ela coloca o saquinho usado de volta no pratinho, ele dobra sua cabeça olhando pra ela interrogativamente.)
ANA: — Eu gosto de meu chĂĄ preto e fraco, — (ela murmura como uma explicação.)
CHRISTIAN: — Entendo. Ele Ă© seu namorado?
ANA: — Quem?
CHRISTIAN: — O fotĂłgrafo. JosĂ© Rodriguez.
(Ana ri nervosa, mas curiosa.)
ANA: — NĂŁo. JosĂ© Ă© um bom amigo, apenas isto. Por que vocĂȘ pensou que ele fosse meu namorado?
CHRISTIAN: — O modo como vocĂȘ sorriu para ele, e ele para vocĂȘ. — (O olhar cinza de Frey mantĂ©m o dela. Ana tenta desviar o olhar do dele, mas sem sucesso.)
ANA: — Ele Ă© mais como da famĂlia — (ela sussurra.)
(Grey acena ligeiramente com a cabeça, satisfeito com a resposta dela, e Ana olha para baixo para seu bolinho de mirtilo. Seus longos dedos habilmente descascam o papel, e ela assiste fascinada.)
CHRISTIAN: — VocĂȘ quer um? — (Ele pergunta, com um sorriso divertido.)
ANA: — NĂŁo obrigada. — (Ana franze a testa e olha para baixo, para suas mĂŁos novamente.)
CHRISTIAN: — E o garoto que eu conheci ontem na loja. Ele nĂŁo Ă© seu namorado?
ANA: — NĂŁo. Paul Ă© apenas um amigo. Eu disse a vocĂȘ ontem. Por que vocĂȘ pergunta?
CHRISTIAN: — VocĂȘ parece ficar nervosa ao redor dos homens.
ANA: — Eu acho vocĂȘ intimidante.
(Grey dĂĄ um profundo suspiro.)
CHRISTIAN: — VocĂȘ deve me achar intimidante — (ele acena concordando.) — VocĂȘ Ă© muito honesta. Por favor, nĂŁo olhe para baixo. Eu gosto de ver seu rosto.
(Ana olha para ele, e ele lhe dĂĄ um sorriso encorajador, mas irĂŽnico.)
CHRISTIAN: — Isto me dĂĄ algum tipo de pista do que vocĂȘ pode estar pensando — (ele inspira.) — VocĂȘ Ă© um mistĂ©rio, Senhorita Steele.
ANA: — NĂŁo existe nada misterioso em mim.
CHRISTIAN: — Eu penso que vocĂȘ Ă© muito auto-suficiente, — (ele murmura.) — Exceto quando vocĂȘ ruboriza, claro, o que acontece frequentemente. Eu sĂł gostaria de saber por que vocĂȘ estava corada. — (Christian joga um pequeno pedaço de bolinho em sua boca, e começa a mastigĂĄ-lo lentamente, sem tirar seus olhos dela.)
ANA: — VocĂȘ sempre faz este tipo de observaçÔes pessoais?
CHRISTIAN: — Eu nĂŁo percebi que fosse. Eu ofendi vocĂȘ? — (Ele fica surpreso.)
ANA: — NĂŁo — (Ana responde honestamente.)
CHRISTIAN: — Bom.
ANA: — Mas vocĂȘ Ă© muito arrogante — (Ana rebate calmamente. Ele levanta as sobrancelhas e ruboriza ligeiramente tambĂ©m.)
CHRISTIAN: — Eu estou acostumado a fazer as coisas do meu jeito, AnastĂĄsia — (ele murmura.) — Com todas as coisas.
ANA: — Eu nĂŁo duvido disso. Por que vocĂȘ nĂŁo me pediu para chamĂĄ-lo por seu primeiro nome? — (Ana pergunta um pouco audaciosa.)
CHRISTIAN: — As Ășnicas pessoas que usam meu nome de batismo sĂŁo a minha famĂlia e alguns amigos Ăntimos. Este Ă© o modo que eu gosto.
(Ana toma um gole do chå, e Grey come outro pequeno pedaço de seu bolinho.)
CHRISTIAN: — VocĂȘ Ă© filha Ășnica? — (Ele pergunta.)
ANA: — Sim.
CHRISTIAN: — Fale-me sobre seus pais.
ANA: — Minha mĂŁe vive na GeĂłrgia com seu novo marido Bob. Meu padrasto vive em Montesano.
CHRISTIAN: — Seu pai?
ANA: — Meu pai morreu quando eu era um bebĂȘ.
CHRISTIAN: — Eu sinto muito — (Christian murmura e um incomodado olhar fugaz, atravessa seu rosto.)
ANA: — Eu nĂŁo me lembro dele. (Ana continua.)
CHRISTIAN: — E sua mĂŁe se casou de novo?
(Ana bufa.)
ANA: — VocĂȘ pode dizer isto.
(Christian franze a testa.)
CHRISTIAN: — VocĂȘ nĂŁo estĂĄ indo muito longe, nĂŁo Ă©? — (Ele diz secamente, coçando seu queixo, pensamento profundamente.)
ANA: — Nem vocĂȘ.
CHRISTIAN: — VocĂȘ jĂĄ me entrevistou uma vez, e eu me lembro de algumas questĂ”es bastante comprometedoras. — (Ele sorri afetuosamente para ela.)
(Ana fica mortificada pelo comentĂĄrio dele, mas decide mudar de assunto.)
ANA: — Minha mĂŁe Ă© maravilhosa. Ela Ă© uma romĂąntica incurĂĄvel. Ela atualmente estĂĄ casada com seu quarto marido.
(Christian levanta as sobrancelhas em surpresa.)
ANA: — Eu sinto falta dela — (Ana continua.) — Ela tem Bob agora. Eu sĂł espero que ele possa vigiĂĄ-la e juntar os pedaços, quando seus esquemas desmiolados nĂŁo saĂrem como planejado. — (Ela sorri ternamente.)
(Christian a observa atentamente, tomando goles ocasionais de seu café.)
CHRISTIAN: — VocĂȘ se entende com seu padrasto?
ANA: — Claro. Eu cresci com ele. Ele Ă© o Ășnico pai que eu conheci.
CHRISTIAN: — E como ele Ă©?
ANA: — Ray? Ele Ă©… reservado.
CHRISTIAN: — SĂł isto? — (Grey pergunta, surpreso.)
(Ana encolhe os ombros.)
CHRISTIAN: — Reservado como sua enteada, — (Grey sugere de imediato. Ana se abstĂ©m afastando seu olhar dele.)
ANA: — Ele gosta de futebol, especialmente futebol europeu, e de boliche, e pesca com mosca, e fazer mĂłveis. Ele Ă© um carpinteiro. Ex- fuzileiro. — (Ela suspiro.)
CHRISTIAN: — VocĂȘ viveu com ele?
ANA: — Sim. Minha mĂŁe encontrou o Terceiro Marido, quando eu tinha quinze anos. Eu fiquei com Ray.
(Ele franze a testa.)
CHRISTIAN: — VocĂȘ nĂŁo quis viver com sua mĂŁe? — (Ele pergunta.)
(Ana ruboriza.)
ANA: — Terceiro Marido vivia no Texas. Minha casa estava em Montesano. E vocĂȘ sabe... minha mĂŁe era recĂ©m- casada. — (Ana para, decidindo começar a questionĂĄ-lo de volta.) — Fale-me sobre seus pais — (Ela pergunta.)
(Christian encolhe os ombros.)
CHRISTIAN: — Meu pai Ă© um advogado, minha mĂŁe Ă© pediatra. Eles vivem em Seattle.
ANA: — O que seus irmĂŁos fazem?
CHRISTIAN: — Elliot estĂĄ na construção, e minha irmĂŁ mais nova estĂĄ em Paris, estudando arte culinĂĄria com algum renomado chefe de cozinha francĂȘs.
ANA: — Eu ouvi dizer que Paris Ă© adorĂĄvel — (Ana murmura.) — Ă bonita.
CHRISTIAN: — VocĂȘ jĂĄ esteve lĂĄ? — (Ele pergunta.)
ANA: — Eu nunca deixei os Estados Unidos.
CHRISTIAN: — VocĂȘ gostaria de ir?
ANA: — Para Paris? — (Ela suspira.) — Ă claro. Mas Ă© a Inglaterra que eu realmente gostaria de visitar.
(Christian dobra sua cabeça para um lado, correndo seu dedo indicador pelo låbio inferior.)
(Ana pisca rapidamente, desconcertada com a cena.)
ANA: — Ă a casa de Shakespeare, Austen, as irmĂŁs de BrontĂ«, Thomas Hardy. Eu gostaria de ver os lugares que inspiraram estas pessoas a escrever livros tĂŁo maravilhosos. — (Ana olha para o relĂłgio em seu pulso.) — Ă melhor eu ir. Eu tenho que estudar.
CHRISTIAN: — Para seus exames?
ANA: — Sim. Eles começam na terça-feira.
CHRISTIAN: — Onde estĂĄ o carro da senhorita Kavanagh?
ANA: — No estacionamento do hotel.
CHRISTIAN: — Eu vou levĂĄ-la de volta.
ANA: — Obrigado pelo chĂĄ, Sr. Grey.
(Ele sorri para ela.)
CHRISTIAN: — VocĂȘ Ă© bem-vinda, AnastĂĄsia. O prazer Ă© todo meu. Venha — (ele comanda, e segura sua mĂŁo com a dela. Ana a segura, confusa, e o segue para fora da cafeteria.)
(Eles andam de volta para o hotel.)
CHRISTIAN: — VocĂȘ sempre usa calça jeans? — (Ele pregunta.)
— Geralmente — (ela responde.)
(Ele movimenta a cabeça. Eles voltam ao cruzamento, do outro lado da estrada do hotel.)
— VocĂȘ tem uma namorada? — (Ana deixa escapar.)
(Seus lĂĄbios dĂŁo um meio sorriso, e ele olha para ela.)
CHRISTIAN: — NĂŁo, AnastĂĄsia. Eu nĂŁo sou do tipo que namora — (ele diz suavemente.)
(Ana caminha adiante, e tropeça na calçada.)
CHRISTIAN: — Merda, Ana! — (Grey grita.)
(Ele puxa mĂŁo drla com tanta força, que ela cai para trĂĄs contra ele, enquanto um ciclista que passa a toda velocidade, quase a acertando, indo pelo caminho errado nesta rua de mĂŁo Ășnica. Ana estĂĄ em seus braços, e ele a estĂĄ segurando firmemente contra seu tĂłrax. Ela inala profundamente seu cheiro.)
— VocĂȘ estĂĄ bem? — (Christian sussurra. Ele estĂĄ com um braço ao redor dela, apertando-a junto a ele, enquanto os dedos de sua outra mĂŁo, suavemente rastreia o rosto dela, examinando-a. O polegar de Christian escova o lĂĄbio inferior e ele respira ofegante. Ele estĂĄ olhando fixamente nos olhos de Ana, e ela segura seu ansioso olhar, logo sua atenção sendo atraĂda para a bonita boca masculina.)
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